segunda-feira, 30 de março de 2009

Brasil passa por nova reforma ortográfica



Desde o primeiro dia do ano, as novas regras ortográficas, determinadas pelo acordo ortográfico entre países que têm o português como língua oficial, passaram a valer no Brasil. O país, contudo, ainda tem até 31 de dezembro de 2012, período de transição, para se adaptar às mudanças que não atingem mais do que 0,5% da forma de escrever. Ate lá nós, podemos usar tanto o formato antigo quanto o novo. Depois de quatro anos, a alteração passa a vigorar de vez.

A forma de falar continua a mesma, o que muda é somente a escrita. As principais modificações são: desaparecimento do trema, supressão do hífen em alguns casos, a retirada de acentos em ditongos e a inclusão de três letras (Y, W e K) no alfabeto, que voltam apenas para manter a grafia de palavras estrangeiras. O acento circunflexo também sofreu algumas mudanças. Ele será suprimido nos casos em que dois 'os' ou dois 'es' ficam juntos, a exemplo de vêem e vôo, que passarão a ser grafados sem o acento (voo e veem).

Veja um exemplo, o Grupo A TARDE, assim como grande parte da impressa brasileira, já se adequou ao novo formato desde esta quinta-feira, 01, primeiro dia da alteração. Toda a produção veiculada nas mídias impressa (Jornal A TARDE) e digital (A TARDE On Line) do grupo seguirão o novo padrão. Dessa forma, o leitor terá mais facilidade para fixar as regras gramaticais lendo as notícias diariamente.

O Prazo - No Brasil, as editoras terão até 2012 para promover mudanças nos livros didáticos, segundo determinação do Ministério da Educação (MEC). As áreas de marketing, jurídica e de recursos humanos das companhias brasileiras também têm o mesmo prazo para se ajustar. A maioria dos jornais brasileiros, no entanto, já adotou grafia, estabelecida pelo Acordo Ortográfico aprovado há nove anos e assinado em setembro do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Edições de alguns dicionários já chegaram às prateleiras das livrarias de acordo com a grafia estabelecida pelo acordo. O minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa" (editora Objetiva) foi o primeiro a contemplar integralmente a nova lexicografia. A editora do dicionário Aurélio já lançou edições revisadas do dicionário e contratou 20 revisores para alterar toda a relação dos volumes.

Objetivo - A intenção da reforma ortográfica, promovida pelos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), é acabar com a diferença na grafia das palavras entre países lusófonos, tornando a escrita do português do Brasil a mesma dos outros países integrantes da CPLP. Outro fator que motivou a unificação foi a necessidade de expandir a cooperação comercial e cultural entres os membros da Comunidade.

Além do Brasil, Portugal, Timor Leste, Cabo Verde, Angola Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Macau (província administrativa que pertence à China, mas que tem o português como a língua oficial) fazem parte da CPLP e, obviamente, irão introduzir as novas regras adotadas no acordo.


Veja mais sobre o assunto:

Acordo é aprovado por parlamento português

Veja o que mudou com a nova regra ortográfica

Veja a tabela com as novas mudanças

segunda-feira, 16 de março de 2009

Futuro promissor


O
estudante de jornalismo Wagner Fernandes, de 26 anos, é apaixonado pela profissão e quer se destacar no mercado de trabalho. Mas para isso, ele está se dedicando ao máximo seus últimos meses na faculdade a pesquisar sobre os produtos midiáticos para a terceira idade no mercado de trabalho. Wagner, que no segundo semestre de 2009 fará Trabalho de Conclusão de Curso na Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, acredita que o mercado tem muito a absorver esse tipo de produto, uma vez que não existem profissionais direcionados para a produção dessa "editoria".





Veja mais:

Blog Wagner Fernandes




Terceira idade é responsável por 19% das compras pela internet

Pequenos empresários investem em serviços para idosos


Aids atinge cada vez mais a terceira idade

As "barrigadas" da mídia brasileira, o caso Paula de Oliveira




Na semana que passou, um dos assuntos que dominaram o noticiário aqui no Brasil foi o caso da suposta agressão sofrida pela brasileira Paula Oliveira, na Suíça. Seria mais um daqueles casos clássicos de xenofobia explícita, não fosse a rápida ação dos legistas suíços que afirmaram que Paula Oliveira, provavelmente se autoflagelou e não estava grávida de gêmeos, como alegou às autoridades policiais da Suíça ao ser atendida após o suposto ataque.

Paula disse que foi agredida por um grupo de skinheads simplesmente porque vinha pela rua falando em Português (via celular) com sua mãe que mora em Recife. Ataques de skinheads acontecem não só na Europa. Aqui no Brasil, principalmente em São Paulo, os skinheads (geralmente filhos de nordestinos que imigraram pra lá nos anos 70) atacam, acredite, nordestinos e também gays. Além da xenofobia há também preconceito neste tipo de ataque. Mas no caso de Paula Oliveira, tudo leva a crer que era mentira. E mais, o suposto ataque levou as autoridades brasileiras, movidas pelo noticiário da Rede Globo, a quase abrir uma crise diplomática com um país considerado “amigo”.

O que a Globo fez é chamado no jargão jornalistico de “barriga”. E, pelo jeito, foi a maior das “barrigas” já cometidas pela maior rede de TV do Brasil. Até o momento, nem Paula Oliveira, nem seu pai — que desesperado com a notícia do ataque sofrido pela filha voou para a Suíça — conseguiram provar a suposta gravidez. Contra Paula estão as evidências médicas afirmando que a gravidez, pelo menos no dia do suposto ataque, não existia. E também um laudo de um legista que afirma categoricamente que os ferimentos foram provocados pela própria brasileira.








Depois que estas informações foram divulgadas, o caso tomou outro rumo. As autoridades brasileiras, que já estavam em “pé de guerra” com a Suíça, se acalmaram e suavizaram o tom do discurso. A Globo mudou o foco editorial das reportagens de Marcos Losekann, enviado a Zurich para cobrir o caso. E, se tudo for confirmado, Paula poderá ir para a cadeia e a Globo vai guardar em sua história, uma “barriga” a ser eternamente lembrada nas salas de aula das faculdades de jornalismo brasileiras.

No site Observatório da Imprensa, a “barriga” da Globo mereceu uma análise profunda, escrita pelo jornalista Rui Martins, direto de Berna, na Suíça. O texto é primoroso e explica como “um jornalismo irresponsável mobilizou o país, levou o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim a criticar um país “amigo” e o presidente Loola da Silva a quase criar um caso diplomático“.




Brasileiros expulsos

O quase "golpe da barriga" de Paula Oliveira

Imprensa suiça atenta à farsa de Paula Oliveira